segunda-feira, 28 de abril de 2014


Livro: ALMAS DILACERADAS
Autora: Valesca Santos
Editora Prgamatha
Facebook:  www.facebook.com/almasdilaceradas

terça-feira, 22 de abril de 2014

DOÇURA EM AÇO

Influências aflitas
ânsias egoístas
mãos invasivas
bocas opressivas
saliva
misturas do todo
fluidos e excitações
lembranças...
tremores
não impedem
os vapores
exalados
em sonhos
do fogo ensaiado
sol
em Açores
mar grego
cheiro de olivas
sabor de Átila
toque
Alexandre, o grande
doçura em aço
beija, casto
o gato
que carrega
em seu abraço

LABIRINTOS

       
                                                  Foto: Valesca Pederiva
Visões do invisível
infinito
céu de granito
teu tom
toque e âmago
respiração
seiva
mel de abelhas
nascer e morrer
crescer para definhar
amar
para perder
o caminho
é vago
falso
há espinhos
ferem por destino
flor é miragem
da rosa
que o sangue desenha

domingo, 20 de abril de 2014

SENSÍVEL GUARDIÃ

                             
                                                 Foto: Valesca Pederiva

Folhas
órgãos externos
complexos
diferentes incidências
gemelares
aos pares
imã
atrai a luz
bondosa
recebe e doa
o sopro purificado
alimento
poluído e condenado
pelos homens
estúpidos
sensível guardiã
da Terra mãe
nas faces
manuscritos da vida
berço e ninho
caminho
do orvalho
mesmo seca
decepada
da raiz
do tronco
da seiva,
atrai beleza
banhada e dourada
perfumada
sachet e pot-pourri
doce alento
em meados de outono
brinca
aos sopros
do vento

FLOR DA NOITE


                                                Foto: Valesca Pederiva

ardências
        pimenta
na língua
        sal
no coração
        indecências
mãos e
        carência
dormência
        no olhar
sobre os lábios
        indiferentes
ao luar
        espera                                                                              
pelo adormecer
        do sol
como flor da noite
        que teme
o dia
        de
impedi-la
        de sonhar





sábado, 19 de abril de 2014

ANTÚRIOS, SEM MEL


                                                         Foto: Valesca Pederiva

Procuro
um êxtase
algo que
enalteça-me
um borrão
além
do chão
por entre
as folhas
acima
do alçapão
o qual aprisiona
teu coração
procuro
a consciência
perseverante
propensa
antúrios
e colmeias
vejo zangões
e do mel
nada sobrou
senão
o cheiro
que o vento
sem pressa
levou


quarta-feira, 16 de abril de 2014

LEMBRANÇAS DE UM CORPO

blusa rasgada
festa acabada
beijos contra-feitos
gritos abafados
vertidos do pavor
latejante engano
dor
perfume lascivo
choque e horror
olhos que procuram
luz na escuridão
ao chão
silêncio
preenchido de apelos
pedaços
que ele despejou
ao abrir do primeiro botão

terça-feira, 15 de abril de 2014

PÊSSEGOS


Deslizo meu olhos sobre ti, pérola preciosa, nuvem branca ao céu lavanda.
Delicada e alva é tua pele, toque de pêssegos.
Não me atrevo nem ao menos imaginar, qual sabor será.
Teus melíferos cabelos, seduzem-me.
Suave coração, flor ingênua em criação.
Não há dia ou noite em que eu não sonhe em ser teu despertar.
E ao som do anoitecer, em ti, o amor semear e, nos pêssegos maduros, minha sede saciar.


sexta-feira, 11 de abril de 2014


Apresento a vocês a capa do meu primeiro romance ALMAS DILACERADAS, a ser publicado ainda neste ano pela editora PRAGMATHA.

" Nenhuma gota sequer do vinho restava em seu sangue e mesmo assim Ava sentia-se embriagada, entorpecida com o néctar que Yan oferecia a ela."

ALMAS DILACERADAS: um livro inesquecível e que irá transformar muitas vidas.


sábado, 5 de abril de 2014

PROFUSÃO DE VAPORES


Mar, pedras e imensidão
semelhanças vazias
ecos, de um coração
índole, inescrupulosa
de doces amores
roubo de virtudes
profusão de vapores
Alheio, quero estar
à tua maré vertiginosa
mas as conchas,
entoam hinos
canções,
dos meus desatinos
e,
no teu mar
de pedras e imensidão
peco,
sem esperar perdão

quarta-feira, 2 de abril de 2014

LÁGRIMAS SANTAS

Arrepios e tremores
febre
e horrores
ácido que lambe
a carne macia
mãe, agonia
deu-lhe a vida
terrena
e abusiva
sentiu os pregos
a lâmina
sentiu o gosto do sangue
nas lágrimas santas
profana,
fora acusada
mulher comum,
desprezada
mas ao verter do breu
ao rasgar do céu
seu coração estremeceu
sem forças
ao ver seu filho amado
subir aos céus
por anjos
guiado

DIÁRIO

Sussurrou em mim,
palavras
algumas doces
outras confusas
entregou-me
sua vida,
descrita em um diário
esvaziou-se de si,
nas palavras
criou parágrafos e
imagens de jardins
perfumados,
pássaros coloridos
e raros,
borboletas e beijos
roubados
porém, esqueceu-se
que,
mesmo tendo o poder
de reviver
cada palavra escrita
re-lida
o diário teria um fim
bastaria fechá-lo
ao contrário de mim
que me abri,
sem pudores,
para ele descrever