segunda-feira, 28 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
DOÇURA EM AÇO
Influências aflitas
ânsias egoístas
mãos invasivas
bocas opressivas
saliva
misturas do todo
fluidos e excitações
lembranças...
tremores
não impedem
os vapores
exalados
em sonhos
do fogo ensaiado
sol
em Açores
mar grego
cheiro de olivas
sabor de Átila
toque
Alexandre, o grande
doçura em aço
beija, casto
o gato
que carrega
em seu abraço
ânsias egoístas
mãos invasivas
bocas opressivas
saliva
misturas do todo
fluidos e excitações
lembranças...
tremores
não impedem
os vapores
exalados
em sonhos
do fogo ensaiado
sol
em Açores
mar grego
cheiro de olivas
sabor de Átila
toque
Alexandre, o grande
doçura em aço
beija, casto
o gato
que carrega
em seu abraço
LABIRINTOS
Foto: Valesca Pederiva
Visões do invisível
infinito
céu de granito
teu tom
toque e âmago
respiração
seiva
mel de abelhas
nascer e morrer
crescer para definhar
amar
para perder
o caminho
é vago
falso
há espinhos
ferem por destino
flor é miragem
da rosa
que o sangue desenha
domingo, 20 de abril de 2014
SENSÍVEL GUARDIÃ
Foto: Valesca Pederiva
Folhas
órgãos externos
complexos
diferentes incidências
gemelares
aos pares
imã
atrai a luz
bondosa
recebe e doa
o sopro purificado
alimento
poluído e condenado
pelos homens
estúpidos
sensível guardiã
da Terra mãe
nas faces
manuscritos da vida
berço e ninho
caminho
do orvalho
mesmo seca
decepada
da raiz
do tronco
da seiva,
atrai beleza
banhada e dourada
perfumada
sachet e pot-pourri
doce alento
em meados de outono
brinca
aos sopros
do vento
FLOR DA NOITE
Foto: Valesca Pederiva
ardências
pimenta
na língua
sal
no coração
indecências
mãos e
carência
dormência
no olhar
sobre os lábios
indiferentes
ao luar
espera
pelo adormecer
do sol
como flor da noite
que teme
o dia
de
impedi-la
de sonhar
sábado, 19 de abril de 2014
ANTÚRIOS, SEM MEL
Foto: Valesca Pederiva
Procuro
um êxtase
algo que
enalteça-me
um borrão
além
do chão
por entre
as folhas
acima
do alçapão
o qual aprisiona
teu coração
procuro
a consciência
perseverante
propensa
antúrios
e colmeias
vejo zangões
e do mel
nada sobrou
senão
o cheiro
que o vento
sem pressa
levou
quarta-feira, 16 de abril de 2014
LEMBRANÇAS DE UM CORPO
blusa rasgada
festa acabada
beijos contra-feitos
gritos abafados
vertidos do pavor
latejante engano
dor
perfume lascivo
choque e horror
olhos que procuram
luz na escuridão
ao chão
silêncio
preenchido de apelos
pedaços
que ele despejou
ao abrir do primeiro botão
festa acabada
beijos contra-feitos
gritos abafados
vertidos do pavor
latejante engano
dor
perfume lascivo
choque e horror
olhos que procuram
luz na escuridão
ao chão
silêncio
preenchido de apelos
pedaços
que ele despejou
ao abrir do primeiro botão
terça-feira, 15 de abril de 2014
PÊSSEGOS
Deslizo meu olhos sobre ti, pérola preciosa, nuvem branca ao céu lavanda.
Delicada e alva é tua pele, toque de pêssegos.
Não me atrevo nem ao menos imaginar, qual sabor será.
Teus melíferos cabelos, seduzem-me.
Suave coração, flor ingênua em criação.
Não há dia ou noite em que eu não sonhe em ser teu despertar.
E ao som do anoitecer, em ti, o amor semear e, nos pêssegos maduros, minha sede saciar.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Apresento a vocês a capa do meu primeiro romance ALMAS DILACERADAS, a ser publicado ainda neste ano pela editora PRAGMATHA.
" Nenhuma gota sequer do vinho restava em seu sangue e mesmo assim Ava sentia-se embriagada, entorpecida com o néctar que Yan oferecia a ela."
ALMAS DILACERADAS: um livro inesquecível e que irá transformar muitas vidas.
sábado, 5 de abril de 2014
PROFUSÃO DE VAPORES
Mar, pedras e imensidão
semelhanças vazias
ecos, de um coração
índole, inescrupulosa
de doces amores
roubo de virtudes
profusão de vapores
Alheio, quero estar
à tua maré vertiginosa
mas as conchas,
entoam hinos
canções,
dos meus desatinos
e,
no teu mar
de pedras e imensidão
peco,
sem esperar perdão
quarta-feira, 2 de abril de 2014
LÁGRIMAS SANTAS
Arrepios e tremores
febre
e horrores
ácido que lambe
a carne macia
mãe, agonia
deu-lhe a vida
terrena
e abusiva
sentiu os pregos
a lâmina
sentiu o gosto do sangue
nas lágrimas santas
profana,
fora acusada
mulher comum,
desprezada
mas ao verter do breu
ao rasgar do céu
seu coração estremeceu
sem forças
ao ver seu filho amado
subir aos céus
por anjos
guiado
febre
e horrores
ácido que lambe
a carne macia
mãe, agonia
deu-lhe a vida
terrena
e abusiva
sentiu os pregos
a lâmina
sentiu o gosto do sangue
nas lágrimas santas
profana,
fora acusada
mulher comum,
desprezada
mas ao verter do breu
ao rasgar do céu
seu coração estremeceu
sem forças
ao ver seu filho amado
subir aos céus
por anjos
guiado
DIÁRIO
Sussurrou em mim,
palavras
algumas doces
outras confusas
entregou-me
sua vida,
descrita em um diário
esvaziou-se de si,
nas palavras
criou parágrafos e
imagens de jardins
perfumados,
pássaros coloridos
e raros,
borboletas e beijos
roubados
porém, esqueceu-se
que,
mesmo tendo o poder
de reviver
cada palavra escrita
re-lida
o diário teria um fim
bastaria fechá-lo
ao contrário de mim
que me abri,
sem pudores,
para ele descrever
palavras
algumas doces
outras confusas
entregou-me
sua vida,
descrita em um diário
esvaziou-se de si,
nas palavras
criou parágrafos e
imagens de jardins
perfumados,
pássaros coloridos
e raros,
borboletas e beijos
roubados
porém, esqueceu-se
que,
mesmo tendo o poder
de reviver
cada palavra escrita
re-lida
o diário teria um fim
bastaria fechá-lo
ao contrário de mim
que me abri,
sem pudores,
para ele descrever
Assinar:
Postagens (Atom)